No princípio do amar; eu era o verbo
Meu verbo provou seu amor até na carne
Nossa carne gerou outra carne; nosso amor!
Este amor cresceu sem ter meu verbo ou amor.
No amor náufrago, meu verbo emudeceu
Minha carne sem esse amor envelheceu
Conjugando o verbo de tempo perdido:
Amar sem poder ser amado.
Dias de noites sombrias renegadas
Faça-me a luz! E a luz se me fez!
Entre pedras de concreto;
De prédios e breve concerto;
Céu e Terra se encontram outra vez
Meu verbo se refaz, renasce meu amor
Minha carne estremece, mas, se comporta
Já não é o principio; se conforma.
Os anos se foram como séculos
Os males são vales em ossos, pó!
Não há quem nos julgue juiz e nem réu
A sentença do passado cumpriu seu papel.
Gênesis ou apocalipse? Princípio ou fim?
Nenhum, nem outro!
Não é o princípio do verbo
Nem o apocalipse do amor.
A carne amadureceu, mas, não morreu;
O verbo silenciou, mas, não se calou.
O futuro do presente não chegou
E, a luz do horizonte não apagou!
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