Não somos mais crianças.

Já não somos mais crianças e inocência não nos acompanha.

Em algum momento da vida, quem já não escreveu um ou outro poema?

Eu também não escapo à regra. Essa escrita ajuda-nos a crescer.

A arrumar galopes e vendavais que nos vão no peito, a conviver com sentimentos desavindos.

sábado, julho 16, 2011

Menor abandonada



Hoje vi uma menina
Menina pequena
De tez morena e,
Cabelos carapinha.
Arrastava pela mão
Um ainda menorzinho irmão.
Menina de compleição miúda,
Jeito tímido e de olhar triste
A corroer a alma
De quem a vê.
Menina meiga
E, frágil aparentemente.
- Ledo engano; menina valente!
Surpreso, eu vi,
A pequena-menina-pequena
De dedo em riste, unhas e dentes
Lutar contra a fome
A defender seu irmão e o pão.
Vi,
O que pouca gente
Naquela confusão viu:
Uma menina abandonada
Pelo pai que deve se achar “homem” e,
Largada pela vagabunda que a pariu,
Vivendo a vida que não escolheu

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