
Meus horizontes eram largos ao te conhecer,
Teus caminhos eram a minha rota a seguir
Mas, minha direção perdeu-se, ao te perder
Andei por trilhas de descaminhos sem porvir.
Meus sonhos eram metas para realizações
Meu ânimo era a tua doce presença
O mal acaso sei lá; apartou nossos corações
E, a bússola sem norte perdeu minha crença
No mar em tormenta as ondas vão e vem
Eu barco sem velas, naveguei ao gosto das marés.
Sem parte, nem porto onde aportar no além
Condenado a viajar nesta nefanda galé
Hoje, após as tempestades dos mares revoltos
Não há horizonte que eu não tenha pisado
Não há no futuro o que já não seja passado
Não há segredos nos caminhos nebulosos
Sou o mesmo marujo sonhador de ontem
Agora de mão calejada pelos remos e remada.
Os mares bravios, agora prá mim já são calmos
E tu és ainda a mesma: a minha amada!
Navegar é preciso
Viver também é preciso
Relembrar não é preciso
Seguir te amando; eu preciso!
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