Não somos mais crianças.
Já não somos mais crianças e inocência não nos acompanha.
Em algum momento da vida, quem já não escreveu um ou outro poema?
Eu também não escapo à regra. Essa escrita ajuda-nos a crescer.
A arrumar galopes e vendavais que nos vão no peito, a conviver com sentimentos desavindos.
sábado, maio 29, 2010
É diferente!
É diferente...
Aqui com a brisa por companhia;
O sol por acalanto; pássaros por melodia;
E, um cigarro por remédio prá'alma vazia.
Entres estas ruas e becos
A brisa me excita os nervos;
Me acaricia a pele
E, me some o pensar!
De repente...
É diferente cavalgar em lembranças
De um passado sepulcral,
Sair desse poço e no esboço
do esforço, rasgar máscaras e fantasias.
Édiferente...
De repente sair às cegas,
Tropeçar sem regras;
Sangrar as vestes e em trastes
Deixar que a brisa no enlace
De um falso abraço
carregue meus trapos.
É diferente...
Sair-me deste ente
e, nascer-me novamente
em meu próprio ventre.
... é diferente!
quinta-feira, maio 27, 2010
Sobrexistênca
Na janela da varanda-do-tempo.
Observo as crianças que passam;,
Olho as moças que passam,
Vejo os velhos que passam!
Debruço-me sobre meus ossos
E, sinto que também estou passando;
envelhecendo sem tempo e espaço...
Estou decompondo minha vida,
Assombrado de vazio e solidão.
Um grito de ânsia e afã
me implode e eclode no peito.
Me explode a vontade de extirpar-me as víceras;
Sepultar meus medos,modos e,
Plantar-me aos pedaços,
Na existência da multidão
anônima que passa
Observo as crianças que passam;,
Olho as moças que passam,
Vejo os velhos que passam!
Debruço-me sobre meus ossos
E, sinto que também estou passando;
envelhecendo sem tempo e espaço...
Estou decompondo minha vida,
Assombrado de vazio e solidão.
Um grito de ânsia e afã
me implode e eclode no peito.
Me explode a vontade de extirpar-me as víceras;
Sepultar meus medos,modos e,
Plantar-me aos pedaços,
Na existência da multidão
anônima que passa
27 de Maio
A vida que eu levo
É longa, muito longa.
Já vivi como João e vários Manés.
Eu já fui eu, e outros tantos Josés
Me pousam nos olhos rubros
Os sorrisos do menino que fui
As ruga-marcas em meu rosto,
São as sobras do menino que já não sou.
Já vivi o amor de Lília,
Neuza, Cleuza, Selma e algumas Marias.
Pai de filhos, e nenhuma família
Carcomo a solidão dos meus dias.
...hoje é meu aniversário!
Não estou triste nem contente.
Mas, arrumem a mesa,
Façam bolo, enfeitem a sala.
Os presentes, tragam presentes.
Os ausentes ao menos, lembrem-se de mim.
Saúdo os amigos viventes;
Vida longa a inimigos pendentes,
Apaguem as luzes,
Acendam as velas,
Cantem e batam palmas
... renovem minh'alma!
Pois, quero no espelho reviver
Enquanto festa eu pareça ter:
os risos do menino adormecido,
De à muito por mim esquecido.
Dancem; cantem; brinquem
Hoje é meu aniversário!!!
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